terça-feira, 14 de agosto de 2012

TCE: Rosalba investiu 5 milhões menos que Wilma e Iberê na saúde e mais em diárias

O baixo investimento em saúde pública feito no primeiro ano de gestão da médica-governadora Rosalba Ciarlini chama atenção não apenas da população que sofre com a falta de melhorias na rede hospitalar pública estadual. Na manhã desta segunda-feira, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apontou, justamente, o baixo valor investido como uma das ressalvas da aprovação da prestação de contas públicas do Governo do Estado referentes ao exercício de 2011. A quantia, inclusive, foi menor que os gastos estaduais com publicidade e diárias, além de ser R$ 5 milhões a menos que o investido no último ano de gestão Wilma de Faria e Iberê Ferreira, ambos do PSB.

O relatório, assinado pelo conselheiro do TCE, Paulo Roberto Alves, apontou uma aplicação de recursos da ordem de R$ 11.076.834,92. O valor é inferior àquele aplicado no exercício financeiro de 2010 (R$ 17.386.528,39), configurando um decréscimo de 36,29%. Vale ressaltar que a atual gestão estadual teve um aumento de mais de R$ 400 milhões na receita comparando o ano de 2011 ao de 2010.

Além disso, segundo o conselheiro-relator, o investimento em saúde de 2011 também foi menor que as despesas relativas a diárias (R$ 23.678.716,14) e publicidade governamental (R$ 16.851.590,51), consideradas pelo relator como “menos prioritárias”.

Isso não chega a ser uma novidade para os leitores d’O Jornal de Hoje. Afinal, em entrevista com o secretário estadual de Planejamento e Finanças, Obery Rodrigues, publicada em julho por este vespertino, o gestor revelou que em 2011 a verba para custeio ter representado, apenas, 3,8% do orçamento público para 2011.

Por ter sido um valor tão baixo, o conselheiro Paulo Roberto Alves afirmou que é preciso que o Governo aumente a quantia investida. “Essa foi uma das ressalvas que constatamos no orçamento de 2011 e que precisa ser corrigido para 2012. Apesar de ser uma ressalva a ser corrigida, não chega a ser um problema suficientemente grave para tornar as contas irregulares”, avaliou o conselheiro.
Isso porque somado o baixo valor investido (3,8%), com o gasto com a folha de pessoal (13,5%) da Secretária Estadual de Saúde Pública (Sesap), o Governo do Estado destinou de seu orçamento em 2011 para a rede hospitalar mais de 17%. Ou seja, a gestão estadual gastou mais que o exigido (12%). 
Fonte:Jornal de Hoje

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