sábado, 26 de fevereiro de 2011

Cidades do interior estão sem viatura

Existem pelo menos duas cidades do interior do Rio Grande do Norte que não possuem sequer uma viatura para atender às ocorrências. Os policiais de Passagem, a 80 quilômetros da capital, e Ielmo Marinho, a 50 quilômetros, não dispõem de veículos para trabalhar. Os carros foram enviados para manutenção, mas devido ao débito do Governo com a empresa Locação de Veículos e Serviços Ltda (Locavel) não retornaram.

adriano abreuA empresa Locavel informa que permanece sem caixa para repor as viaturas até que realmente o dinheiro seja transferidoA empresa Locavel informa que permanece sem caixa para repor as viaturas até que realmente o dinheiro seja transferido


















Além dessas cidades, a Companhia de Turismo da PM em Natal também teve baixa de duas viaturas, em um total de oito. O comandante geral da PM, coronel Francisco Canindé Araújo, garantiu que o problema estará solucionado em breve.

Na tarde da última quinta-feira, a reportagem da TRIBUNA DO NORTE acompanhou a transferência dos carros do quartel da PM para o caminhão-cegonha. Os adesivos postos na lataria indicavam a cidade de origem da viatura. Além de Passagem e Ielmo Marinho, também embarcaram no caminhão, veículos de Fernando Pedroza e Assu. Outras estavam sem identificação.

A reportagem entrou em contato com o sargento Hugo do Nascimento, comandante do destacamento da PM em Passagem. À TRIBUNA, ele revelou que está trabalhando sem viatura. “Só tinha uma. Aí mandei pra Natal para trocar o óleo e fui informado que não voltaria porque tinha uma dívida do Governo com a locadora. A saída que encontrei foi pedir uma emprestada de Goianinha para ficar aqui nos finais de semana”, esclareceu.

Se a situação está difícil em Passagem, onde existem 3 mil habitantes, pior ainda está em Ielmo Marinho. Lá, a polícia que presta serviço aos 12.188 moradores também está sem viatura, mas não há os paliativos como em Passagem.

“Há 10 dias enviei para o quartel, pois o carro estava com um problema. Liguei hoje [ontem] e soube que não haverá liberação. O comando ainda não deu uma resposta para nós. Sem dúvida, o nosso trabalho fica mais difícil, tinha uma intimação para entregar e não fiz”, lamentou o sargento José Aparício, comandante do destacamento do município.

À TRIBUNA, o comandante da PM garantiu agilidade na resolução do problema. “Viajo hoje [ontem] para Mossoró e este assunto será tratado. Temos viaturas próprias de reserva e faremos um esforço para completar onde está faltando”, disse o coronel Araújo.

fonte: Marcos carvalho
Tribuna do Norte

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