terça-feira, 27 de abril de 2010

PSB formaliza hoje retirada da candidatura de Ciro Gomes

Brasília (AE) - A Executiva Nacional do PSB formaliza hoje a retirada da pré-candidatura de Ciro Gomes (CE) à presidência da República. Com a saída do deputado da corrida presidencial, o PSB deverá oficializar, em junho, o apoio à candidatura da petista Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

paulo libert/aeCiro Gomes  avisa que  vai “espernear”  até o último momento  do encontro nacional do PSB, mas promete  acatar a  decisão  partidáriaCiro Gomes avisa que vai “espernear” até o último momento do encontro nacional do PSB, mas promete acatar a decisão partidária
Para ter argumentos para defenestrar Ciro Gomes da disputa, a cúpula do PSB fez levantamento junto aos 27 diretórios do partido sobre a candidatura do deputado à presidência da República. A tendência ontem era que a maioria dos diretórios se posicionasse contra a candidatura de Ciro, optando pelo apoio à Dilma. Um balanço preliminar indicava que apenas “entre cinco e seis diretórios” eram favoráveis a manutenção de candidatura própria à presidência, segundo um dos integrantes da cúpula do partido.

O clima no PSB é de irritação com Ciro Gomes. Na semana passada, ele criticou dirigentes do partido e afirmou que o candidato tucano à presidência, José Serra, é mais preparado do que Dilma. Integrantes da cúpula do partido abriram fogo amigo contra Ciro e, nos bastidores, defenderam que Pedro Brito, ministro-chefe da Secretaria de Portos, seja afastado do governo Brito é homem de confiança do deputado.

“Não vamos polemizar com o Ciro”, afirmou ontem o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, o presidente Lula não tem planos de afastar o protegido de Ciro Gomes do ministério. “Essa é uma discussão interna no PSB e acho que o presidente Lula não vai concordar em fazer ajustes internos com cargos”, observou o líder.

Em troca da retirada de Ciro Gomes da corrida presidencial, o PSB fez reivindicações nos estados. Os socialistas querem a ajuda do PT na formação de alianças em estados onde a candidatura do PSB é forte. É o caso de São Paulo, onde o candidato Paulo Skaf espera ter em sua coligação o PR e o PC do B. “É uma coisa meio esquisita discutir com um partido para apoiar outro candidato”, argumentou Vaccarezza. No sábado, o PT lançou a candidatura do senador Aloizio Mercadante para o governo de São Paulo.

O apoio do PC do B também é cobiçado pelos socialistas em outros estados, como o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul. No Espírito Santo, o PSB pretende lançar a candidatura do senador Renato Casagrande ao governo. O PT vai, no entanto, apoiar o peemedebista Ricardo Ferraço. No Rio Grande do Sul, o deputado Beto Albuquerque quer disputar o governo contra o petista Tarso Genro. No Piauí e no Amapá, o PSB espera que o PT abra mão de lançar candidatos ao governo do Estado e apoie os socialistas. A reunião da Executiva Nacional do PSB que vai selar o futuro de Ciro Gomes está marcada para hoje à tarde. O deputado não vai comparecer ao encontro que será comandado pelo presidente nacional do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e pelo vice-presidente do PSB, Roberto Amaral

fonte TN

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