terça-feira, 27 de abril de 2010

Hipertensão avança entre a população brasileira

Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros com hipertensão arterial cresceu de 21,5% em 2006 para 24,4% em 2009. A pesquisa feita com 54 mil adultos mostra que os casos de hipertensão aumentaram em todas as faixas etárias, sobretudo entre idosos. De acordo com o trabalho, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais apresentam o problema. Em 2006, esse porcentual era de 57,8%.

Com 23% de sua população sofrendo da doença, Natal ocupa o 12º lugar no ranking das capitais brasileiras. Está abaixo da média nacional, mas a doença tem incidência maior que em metrópoles como Fortaleza (20,7%), Brasília (21,2%) e Curitiba (21,5%).

No Brasil, entre a população até 34 anos, 14% apresentam pressão alta. De acordo com o estudo, a proporção de hipertensos é maior entre mulheres (27,2%) que entre homens (21,2%). Diante desses números, o Ministério lançou ontem, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, uma campanha de alerta contra o mal. Serão investidos nessa iniciativa 1,5 milhão. Cartazes com orientações de prevenção e tratamento serão distribuídos e peças deverão ser veiculadas em emissoras de rádio e TV de todo o País.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, aconselhou a prática de sexo como forma de combater a hipertensão. A doença, que avançou no País e agora atinge 24,4% da população, está associada a fatores genéticos, hábitos alimentares, obesidade e estresse. “Fazer sexo ajuda”, sentenciou o ministro. “As pessoas têm que se mexer. A pelada do final de semana não deve ser a única atividade. Os adultos devem praticar exercícios, caminhar, dançar, fazer sexo seguro”, repetiu.

A principal mensagem da iniciativa é: prevenir a pressão alta depende de escolhas individuais, como escolher alimentos saudáveis, manter peso ideal, exercitar-se com regularidade e reduzir o consumo de sal.

Mas Temporão acrescentou à lista a prática de sexo. Ideal, emendou, para o combate ao estresse. “O deputado Darcísio Perondi falou cinco vezes ao dia. Mas acho que cinco vezes por semana está bom”, disse, durante o lançamento da campanha.

O ministro também lembrou que as doenças crônicas não atingem apenas ricos, pelo contrário, são bastante “democráticas”. Segundo ele, países em desenvolvimento como o Brasil são ainda mais suscetíveis ao problema, por conta da dificuldade de acesso ao atendimento médico para a prevenção.

Ele lembrou uma mudança negativa no padrão alimentar dos brasileiros, com destaques para o baixo consumo de frutas e verduras e o alto consumo de carnes gordas, de refrigerantes e de leite integral. Outro problema, segundo Temporão, trata do espaço ocupado pela televisão, pela internet e pelos jogos eletrônicos no lazer da população.

“É difícil trabalhar com questões estruturais, com dinâmicas familiares, com a produção de alimentos, com a construção de uma consciência nova”, avaliou.

fonte TN

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