quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Na TV Câmara, Rogério Marinho defende flexibilização e novas tecnologias para suprir falta de professores

Quase metade dos jovens até 19 anos não completam o ensino Médio no Brasil. Apesar de não oficial, essa estatística mostra um quadro preocupante para o futuro do país, pois essa situação pode se agravar ainda mais, de acordo com uma pesquisa do Ministério da Educação (MEC). Segundo o levantamento, nos próximos seis anos, 40% dos 507 mil professores do ensino Médio estarão em condições de se aposentar. E o número de pessoas que fazem licenciatura para se dedicar ao magistério tem diminuído a cada ano.

O tema foi o assunto principal do programa Brasil em Debate, exibido pela TV Câmara, com a participação do deputado federal Rogério Marinho, coordenador do PSDB na Comissão de Educação da Casa. O tucano defendeu a flexibilização do ensino médio e o uso de novas tecnologias para suprir a falta de professores no país.

"Esse problema no ensino médio é antigo e precisa ser redefinido na educação brasileira. Tem currículo enciclopédigo, são 14 matérias obrigatórias, não prepara nem para o mercado de trabalho nem para a universidade. Existem uma série de projetos tramtiando na Casa, inclusive o que flexibiliza o ensino médio", disse Rogério. "A questão das novas tecnologias também é importante. Para suprir essa deficiência de professores há também a possibilidade do ensino a distância com monitores", completou.

O parlamentar ressaltou que já faltam aproximadamente 200 mil professores no Brasil e defendeu várias formas diferentes para enfrentar o problema. "Porque o estudante no último ano de engenharia não pode lecionar matemática ou física em alguma cidade do interior do Brasil?", questionou.

Segundo Rogério, para o Brasil encarar o problema é preciso flexibilizar a legislação. "Faltam 200 mil professores e temos 500 mil que estão desestimulados, fora de sua cátedra. E há uma rigidez buracrática na nossa lei que nos impede de suprir essa deficiência, que nos impede por exemplo de estudantes darem aulas. Quem faz faculdade pública poderia dar essa contrapartida a sociedade. É necessária essa flexibilização", enfatizou.

O tucano enfatizou ainda a importância do estímulo permanente ao docente para o ingresso na carreira de professor e cobrou mais políticas de Estado para atrair profissionais para os setores onde são mais necessário. 

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