terça-feira, 30 de junho de 2015

Agripino sobre representações contra Dilma: providências estão sendo tomadas para que pedido de impeachment tenha fundamento sólido

Foto: Mariana Di Pietro
O presidente nacional do Democratas, José Agripino (RN), disse nesta terça-feira (30) que, apesar de existirem razões políticas fortes para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, ainda faltam argumentos jurídicos consistentes para que a ação não se transforme em uma peça inócua. Por isso, explicou o senador, a oposição está unida na busca de provas claras da prática de crime de responsabilidade por parte da chefe do Executivo.

“Do ponto de vista político, há razões de sobra para o impeachment. As providências estão sendo todas tomadas para que, a prova comprovada existindo, nós possamos completar aquilo que precisamos para entrar com o processo de impeachment ou na Procuradoria Geral da República, com consequência de ordem penal, ou no Tribunal Superior Eleitoral, com consequências eleitorais”, destacou Agripino.

Na manhã desta terça-feira (30), líderes partidários do Democratas, PSDB, Solidariedade e PPS se reuniram no gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e decidiram entrar com duas representações contra a chefe do Executivo. A primeira será uma denúncia no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo investigação da suspeita de que as “pedaladas fiscais” utilizadas pela presidente Dilma para maquiar as contas públicas em 2014 permaneceram em 2015.

A segunda representação será entregue na Procuradoria Geral da República (PGR), por crime de extorsão, contra o atual ministro da Comunicação Social e então tesoureiro da campanha eleitoral de Dilma Rousseff, Edinho Silva, e contra a própria presidente da República. Em delação premiada na Operação Lava Jato, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, afirmou que o dinheiro desviado com o esquema de corrupção na Petrobrás financiou a campanha eleitoral de Dilma. Além das duas representações, a oposição pedirá o compartilhamento da delação premiada de Pessoa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Falta muito pouco para o pedido de impeachment da presidente da República. O que ainda falta, neste momento, é a configuração clara, a prova provada do argumento jurídico que leve ao impeachment”, frisou. “O grande temor da sociedade hoje é que ainda faltam três anos e meio de um governo que não existe”, acrescentou Agripino.

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