quinta-feira, 25 de junho de 2015

Rogério: “Dilma entra para a História como apoiadora de ditadura que sangra a Venezuela”

A polêmica recepção do governo da Venezuela a comitiva de senadores brasileiros, na semana passada, foi tema de pronunciamento do deputado federal Rogério Marinho (PSDB), na tribuna da Câmara nesta quarta-feira (24). O tucano disse que a oposição pedirá a exclusão do país vizinho do Mercosul por não cumprir a cláusula democrática exigida aos membros do bloco e acusou o governo do PT de destruir a boa tradição da política internacional brasileira. “Colocam os interesses ideológicos acima da democracia e da liberdade”.

Para Rogério, ao se negar em defender a realização de eleições livres e limpas na Venezuela, condenando a prisão de adversários políticos do governo Nicolás Maduro, a presidente Dilma Rousseff “entrará para a História como apoiadora de uma ditadura que sangra o povo venezuelano”. O chanceler Mauro Vieira e o embaixador brasileiro no país, Ruy Pereira, podem ser convocados pela Comissão de Relações Exteriores no Senado para explicarem a omissão e a cumplicidade do governo do Brasil com as agressões sofridas durante a visita de senadores.

O deputado federal reafirmou que o governo Dilma “tem feito uma política externa onde não há preocupações maiores com os direitos humanos. É uma política que se alinha ideologicamente com as piores ditaduras em voga no mundo. Há uma relação do governo brasileiro com a chamada revolução bolivariana, que está atacando a imprensa, aparelhando o Estado e implantando um regime único nos países que adotam tal modelo. É um desastre para a democracia no continente”.

Rogério disse ainda que os brasileiros têm “profundo respeito pelo povo venezuelano, pela luta e resistência dos que se opõem ao regime do ditador Maduro”. Segundo o tucano, a luta pela liberdade deve ser de todos. “Não podemos aceitar que países vizinhos do Brasil ultrajem direitos políticos e prendam líderes e cidadãos por crime de opinião. Hoje, infelizmente, o povo da Venezuela sofre de todas formas com o totalitarismo do sistema bolivariano e a repressão violenta de Maduro”, disse.

Em março deste ano, a Anistia Internacional novamente denunciou mortes, torturas e prisões arbitrárias na Venezuela. A instituição computou o assassinato de 43 oposicionistas nos protestos de 2014 em várias cidades. Além disso, foram detidas de forma arbitrária 3.351 pessoas pela ditadura chavista. Quase 1500 indivíduos estão enfrentando processos e 25 ainda estão na prisão aguardando julgamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário