quarta-feira, 22 de abril de 2015

POPULAÇÃO ACHA QUE GASTOS EM ENERGIA DEVEM LEVAR EM CONTA O MEIO AMBIENTE‏

Pesquisa de opinião realizada pelo DataSenado sobre políticas energéticas mostra que, no entendimento da maior parte da população brasileira, o meio ambiente não pode ser deixado de lado. O levantamento, feito em parceria a Universidade de Columbia (EUA), foi apresentado nesta quarta-feira (22) em reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI).

Quanto à poluição do ar, efeito indesejado do uso de termelétricas, por exemplo, 88% dos participantes disseram estar "muito preocupados" com o problema, enquanto 9% afirmaram estar "pouco preocupados", 2% se mostraram indiferentes e 1% se declarou "pouco despreocupado".

O nível de preocupação com as mudanças climáticas, provocadas pela poluição e pelo desmatamento, também é alto: 86% afirmaram estar "muito preocupados" com a alteração do clima no planeta. Dos demais, 10% se disseram estar "pouco preocupados", 2% indiferentes, 1% "pouco despreocupado" e 1% "muito despreocupado".

A manutenção de investimentos em energia hidrelétrica, principal matriz energética do país, conta com o apoio da maioria dos brasileiros, mas eles preferem que o governo priorize fontes de energia renováveis como eólica e solar. Conforme o levantamento, 56% dos entrevistados concordaram que o Brasil invista mais nessa fonte de energia.

Por outro lado, 35% dos cidadãos discordaram total ou parcialmente; 9% nem concordaram, nem discordaram. A opinião foi manifestada pelos cidadãos ao serem informados que “usinas hidrelétricas geram eletricidade sem emitir gases poluentes, contudo, causam danos aos animais que vivem nos rios”.


Usinas nucleares - A população também vê com preocupação novos investimentos em energia nuclear. Embora elas não gerem gases poluentes, 65% discordaram total ou parcialmente do investimento nessa fonte de energia. Do total de participantes, 8% declararam nem concordar, nem discordar sobre o Brasil investir mais nessa fonte de energia e 1% não soube ou não quis responder sobre o tema.

Os mais jovens, nas faixas de 16 a 19 anos e de 20 a 29 anos, mostram-se mais favoráveis ao investimento em produção nuclear de energia, com 38% e 35% de concordância parcial ou total, respectivamente. O grau dessa concordância cai para 24% entre as pessoas com 50 a 59 anos e 60 anos ou mais.

Solar e eólica - Ao serem informados sobre o fato de que energia eólica e solar geram energia elétrica sem emitir gases poluentes, ainda que sejam mais caras, 85% dos respondentes concordaram total ou parcialmente que o Brasil invista mais nessas fontes de energia. Apenas 7% alegaram algum nível de discordância e 6% afirmaram não concordar, nem discordar quanto a esse investimento.

Ainda sobre fontes de eletricidade que não causam poluição, 68% dos indivíduos apresentaram concordância total ou parcial a que empresas de energia sejam obrigadas a investir nessas fontes, mesmo que a conta de luz fique mais cara; 11% não concordaram nem discordaram e 20% se mostraram discordantes, total ou parcialmente.

Financiamento - Sobre o governo brasileiro usar parte do dinheiro arrecadado com impostos para financiar projetos de energia solar e do vento, 54% dos respondentes disseram concordar totalmente e 23% concordaram parcialmente, totalizando 77% de concordância; 16% manifestaram discordância total ou parcial e 7% nem concordaram nem discordaram com o financiamento proposto.

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