quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Ministro da Agricultura nega irregularidades em depoimento

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, falou na Comissão de Agricultura da Câmara. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, voltou a negar nesta quarta-feira que exista um esquema de corrupção na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em depoimento na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, ele atribuiu as denúncias ao "destempero" de um ex-funcionário "realmente ressentido".

Em reportagem da revista Veja, o ex-diretor financeiro da Conab Oscar Jucá Neto acusou a entidade subordinada ao Ministério da Agricultura de dilapidar o patrimônio público por meio de operações imobiliárias fraudulentas com o objetivo, entre outros, de repassar aos padrinhos políticos dos diretores terrenos a preços abaixo do valor de mercado. Conforme o denunciante, empresas de amigos e financiadores de campanha eram os favorecidos, e o caso teria aval do ministro Wagner Rossi (PMDB). "Ali só tem bandido", resumiu Jucá Neto de acordo com a revista.

Oscar Jucá Neto é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e foi demitido por ter mandado pagar uma dívida judicial a uma empresa que, no passado, havia sido ligada à família Jucá e que hoje está em nome de um pedreiro.

"Lamento profundamente que (as denúncias) tenham sido trazidas por um destempero desse ressentido, que fez atos ilegais, irresponsáveis e que quis transformar uma questão estritamente administrativa em um problema político, querendo jogar todo mundo no mesmo saco, no saco em que ele está", disse o ministro. Rossi foi prestigiado por integrantes do PMDB durante o depoimento que prestou aos deputados.

Também conforme as denúncias, a Conab teria vendido, por exemplo, um terreno em Brasília a um aliado do senador governista Gim Argello (PTB-DF) por um quarto do valor estimado de mercado. "Estão dilapidando o patrimônio público", disse o denunciante.

"Não tem nenhuma irregularidade. É absolutamente correto o procedimento que foi feito. A avaliação (do terreno) que pretensamente seria superior foi baseada apenas na metragem", rebateu o ministro. Rossi lembrou, por exemplo, que em Brasília a avaliação de terrenos também leva em conta o local do terreno e o que, conforme o planejamento da cidade, pode ser construído em determinada região. "(Jucá Neto) Tenta, em um movimento conhecido, transformar um caso estritamente administrativo, em que ele foi pego em uma infração gravíssima, em um caso político, primeiro agredindo a todos, a seus colegas de trabalho, ao ministro de Estado, sem nenhuma base", resumiu o ministro ao lembrar as causas da demissão do denunciante.

Fonte:Portal Terra

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