Hoje, dia 28 de abril, é comemorado o DIA NACIONAL DA CAATINGA. Este poema já foi socializado com todos os amigos este ano. Mas, sempre é aconselhável ler uma poesia mais de uma vez. Você estudante, provoque sua professora sobre a importância da nossa caatinga! Você, educador, promova uma discussão em sala de aula.
CAATINGA
Não sou conhecida por Maria
Nem também me chamo José.
Fui crescida no chão da alegria
E cultivada no estrume da fé!
Já concebi vários filhos
Sem nenhum chamar-se Jesus!
Sou agasalho... Sou ar... Luz...
Energia! Mas, vivo a sofrer
Sem ninguém a me perceber.
Sinto dor... Tenho a minha cor,
Mas não sou racista. Sou bonita,
Perdão, bela! E esquento sua panela!
Não sou Iracema; sou Jurema...
Pereiro... Marmeleiro... Cardeiro...
Catingueira... Pau D'Arco... Juazeiro...
Sou tudo de bom para você!
Sou cama... Sou mesa... Chama...
Sou seu assento... Seu buquê!
Mas, não consigo saber por quê
Você me maltrata... Você me mata!
Quando você se divorcia
Encontra logo outra mania!
Mas toda vez que me arranca
Esvazia toda minha família...
Eu sou caaringa você homem!
Sua evolução é a minha crucificação...
É o Sertão nú... É a devastação...
É a fragilidade da sua educação!
Gilberto Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário