domingo, 6 de fevereiro de 2011

Lula vai ao Fórum Social Mundial

Paris (AE) - Em meio à crise econômica internacional e à turbulência política no Norte da África e no Oriente Médio, movimentos sociais realizam a partir de domingo em Dacar, no Senegal, a 11ª edição do Fórum Social Mundial (FSM). Sob o tema “As Crises do Sistema e das Civilizações”, o evento volta a discutir a ideia de “um outro mundo possível” e traz como estrela um brasileiro: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, símbolo de uma América Latina voltada à esquerda.

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Além dos chefes de Estados africanos esperados, as personalidades mais aguardadas na Univesidade Cheikh Anta Diop, centro dos eventos, são Lula, o músico e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil e líderes políticos como Hugo Chávez, presidente da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, e duas presidenciáveis do Partido Socialista (PS) da França, Martine Aubry e Ségolène Royal.

O governo brasileiro será representado pelo secretário-geral da presidência, Gilberto Carvalho, que chefiará a delegação e terá a companhia da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e da ministra de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros. Em sua primeira viagem ao exterior desde que deixou a presidência, Lula não integrará a comitiva oficial, mas será acompanhado do ex-secretário-geral da presidência, Luiz Dulci, e terá status privilegiado no evento - no qual foi ovacionado no ano passado. Durante sua estada em Dacar, ele deve ser recebido pelo presidente do Senegal, Abdoulaye Wade, que exerce o cargo desde abril de 2000.

Na segunda-feira, Lula deve discursar à multidão aguardada no campos da universidade. Em 2010, quando de sua última participação no FSM, em Porto Alegre, Lula prometeu que estaria presente em Dacar na posição “de uma pessoa com o mesmo compromisso e talvez com mais capacidade para anunciar ao país as coisas que têm de ser feitas daqui para a frente”.

Na sexta-feira, em Dacar, os organizadores do 11o FSM, o segundo a ser realizado na África, revelaram estar enfrentando dificuldades financeiras para viabilizar o evento. “Estamos com problemas para fechar o orçamento inicial, estimado em 1,8 bilhão de francos africanos (ou 2,74 milhões de euros). Só 47% ou 48% deste orçamento está disponível hoje”, afirmou a presidente do FSM, Mignane Diouf. Apesar das dificuldades, os organizadores esperam que a adesão de militantes antiglobalização e de organizações não-governamentais leve o evento ao sucesso.

fonte tribuna do norte

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